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Foto do escritorFelipe Alecrim

Nem todo texto vai ser bom (será que algum é?)


A essa altura do campeonato, você já deve estar me achando um chato e inseguro, né? Não posso negar e nem fingir que não sou, mas tudo isso serve também como uma espécie de desabafo e como eu inclusive já disse em outros textos, serve para externalizar os sentimentos e as paranóias.


Obviamente eu sei que não sou um escritor e nem tenho essa pretensão, mas o intuito aqui é tentar mostrar pra alguém a importância de externalizar e pode ser que algum tipo de identificação aconteça, afinal de contas eu acho que não sou o único inconstante, ansioso e inseguro por aqui.


A partir daí, você começa a tentar pensar racionalmente e buscar saídas e respostas para tudo isso, ao invés de viver amargurado com essa descoberta. Nas primeiras sessões de terapia que fiz na vida pedi exatamente isso a minha terapeuta. Além de refletir e pensar, eu queria ter ações que me ajudassem a condicionar minha cabeça quando alguma situação rolasse. Seja ela, trauma, raiva, alegria, dar e receber elogios etc etc. Isso me ajuda demais nos mínimos detalhes do dia a dia.


É complicado? PRA CARALHO, mas foi a forma que mais funcionou pra mim, que particularmente sempre fugi e tive medo de tomar remédios e acabar ficando dependente de alguma droga.


Mas, afinal de contas, porque raios eu estou dizendo tudo isso? Porque isso aqui é um exercício pra mim mesmo. Me colocar nesse projeto do livro só foi possível com essa condição e pacto feito comigo mesmo: Eu não posso me cobrar a ponto disso me prejudicar! O meu foco precisa ser manter todo esse processo prazeroso, sem que nada me atrapalhe ou tire meu sono.


E isso passa muito por essa reflexão, de que nem todo texto vai ser bom e isso faz parte. Pode ser que não esteja inspirado, pode ser que não consiga externalizar da melhor forma, pode ser que fique confuso e você desista no meio. Faz parte. Eu preciso saber que faz parte, até porque estou absolutamente distante de ser um escritor.

E além disso, não posso ter a pretensão de achar que algum texto é bom, pode ser que nenhum seja. E tá tudo bem! Eu juro que tá.


Escrevo esse texto numa quarta-feira chuvosa, às dez horas da noite, após um dia de trabalho cansativo e uma faxina no apartamento. Nesse momento da vida estou num relacionamento saudável e bastante intenso com uma pessoa incrível, umas das maiores incentivadoras desse projeto, inclusive. Definitivamente não tenho do que reclamar, apenas agradecer. Ser grato por absolutamente tudo, até pelos momentos difíceis que se tornaram aprendizados.


Se essa não é a sua realidade, eu só queria te falar uma parada (não entenda como conselho, afinal quem sou eu para aconselhar alguém? rs). Externaliza! É sério! Encontra uma forma e externaliza o que você sente. Seja por texto, por música, por pintura, por terapia, por oração ou qualquer outra forma, mas externaliza! Não guarda esse sentimento dentro de ti. Pode parecer piegas, simples e óbvio, mas isso vai te fazer bem.


E a partir daí, você começa a revisitar aquilo que externalizou e passa a buscar respostas ou reflexões. Sem se cobrar que tudo precisa ser perfeito. Vai ter aquela música terrível, aquele texto sem sentido nenhum, aquela pintura que sua sobrinha de 3 anos teria feito melhor ou aquele dia que você vai sair da terapia se sentindo um lixo. N O R M A L, faz parte do processo.


E por falar nisso, aproveita o processo. Aproveita o aprendizado, encara o erro, corrige e segue em frente, comemore os pequenos começos, porque tudo isso faz com que o resultado seja consequência.

Me perdoe se esse papo estiver soando meio coach de corte de podcast, mas eu disse a pouco: Isso aqui é um exercício que está no pacto que fiz comigo mesmo.


EXTERNALIZAR é o que tem funcionado pra mim. Não posso garantir que vai funcionar pra ti, mas eu aposto que vai te fazer bem.


E vamos ser honestos? Esse texto nem foi tão bom, talvez nesse mesmo livro tenham outros melhores. Mas, ok. Faz parte.

Segue pro próximo.


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