A décima edição do festival Best Of Blues and Rock rolou lá no Ibirapuera em SP e graças a Guitarload, eu colei pro rolê que foi insano!
Sábado, por volta das 14h, os portões abriram e o Best Of Blues and Rock começou pra mim, Thatóla (sempre ela), Cuba Jones meu bruxo e Alanynha amazing fucking photographer!
Primeira vez que fui a um festival de música no Parque do Ibirapuera em São Paulo e tenho alguns comentários sobre a organização do rolê antes de falar dos shows em si. Apesar de uma pequena dificuldade de achar o festival dentro do parque, principalmente para quem não é da capital, o sentimento foi positivo em relação à localização e organização do evento. Banheiros limpos (mesmo a noite), boas opções de alimentação e espaço bastante arborizado (pra fugir do calor paulistano de quase 30 graus).
O lado negativo, mas que também já é costume, são os valores de consumo dentro dos festivais que rolam no Brasil. Valores do merch oficial, da alimentação e bebidas são realmente bem acima do comum do dia a dia do brasileiro.
O principal ponto positivo (pelo menos na minha visão) foi a qualidade sonora e visual! PQP, que qualidade técnica absurda. Muito além de qualquer outro festival que já tenha ido. A mix que chegava até o público, muito bem feita, a qualidade de imagem dos telões, que inclusive, o palco do Ibirapuera proporciona uma puuuuuta projeção gigante em cima do próprio palco e entrega uma experiência muito foda. Basicamente, de qualquer lugar do festival dava pra assistir aos shows.
E tem um detalhe, é meio normal perceber o som de festival de música ir melhorando conforme o dia, mas no Best Of Blues and Rock a parada foi muito boa do início do fim, do Dead Fish ao Buddy Guy. É claro que tem o lado da performance dos próprios músicos em si, mas a regulagem dos PAs que chegaram ao público foi uma parada absurda e impecável do início ao fim.
E ainda teve revista comemorativa de 10 anos do Best Of Blues pela Rolling Stone! Sim, eu ainda gosto de revistas, pare de me julgar.
Maaaaas, enfim. Vamos aos shows!
Dead Fish: Insano, visceral e brutal. Nunca tinha visto a banda ao vivo. Um quarteto potente do mais puro hard core brasileiro na sua essência.
Artur Menezes: A maior surpresa do rolê pra mim. Um nordestino estadunidense (kkkkkkkk) que se juntou simplesmente com o Fernando Rosa, um dos maiores contrabaixistas brasileiro e entregou um puta show foda, só com música autorial e com muita referência do Blues de Chicago. Uma performance incrível de um power trio de respeito.
The Nu Blu Band feat Carlise Guy: A filha do Buddy Guy chegou pro rolê com uma performance fantástica. Blues, R&B, Funk e Soul em altíssimo nível mostrando que definitivamente não está ali pelo pai, mas sim pelo talento e maestria que tem. A banda impecável para entregar um show de nível realmente foda! Puxei até passinho.
E achei que seria o melhor show do dia, até que…
Steve Vai: "Eu to com medo desse cara", disse Cuba Jones kkkkkkk.
UM COMPLETO ABSURDO O TANTO QUE MR. STEVE VAI TOCA A TAL DA GUITARRA.
É sério, não to exagerando. Eu já sabia o quão foda ele é, muito influenciado pelo meu bruxo Jocimar, que colocava o DVD do G3 (Steve Vai, Joe Satriani e John Petrucci) pra gente assistir quando erámos adolescentes. Não é à toa que o Steve já foi considerado o melhor guitarrista do mundo algumas vezes…
MAS, VER O CARA AO VIVO TE DEIXA ABSOLUTAMENTE SEM PALAVRAS.
Eu nunca tive muita paciência pra música instrumental, mas confesso que o show do Steve Vai mudou um pouco isso em mim. Me falta vocabulário para explicar tudo que eu vi aquele senhor no auge dos seus 62 anos fazendo com as suas inúmeras guitarras.
E uma citação muuuuito honrosa ao batera, Jeremy Colson, trajado com a camiseta do Sepultura que entregou tudo também, um puuuuta batera foda!
Pensei: Não tem como ter um show melhor que esse hoje, até que…..
Mr. Buddy Guy: UMA LENDA VIVA AOS 86 ANOS DE IDADE.
Praticamente um deus, uma entidade… nada do que eu expresse aqui daria pra definir o que significa a grandeza deste senhor. Quando falamos em LENDA VIVA, é realmente no significado mais puro da expressão. Buddy Guy faz parte daqueles que moldaram tudo que sabemos hoje em dia.
Buddy Guy é verbo!
Um dia pra ficar marcado pra sempre na minha alma em ter visto um dos maiores de todos os tempos. Foi absolutamente uma honra indescritível te ver e ouvir ao vivo, Sir.
Ps. Nunca mais ir em festival com coturno no pé. Meu calcanhar ainda não voltou pra casa. Beijos.
Lembrou de cada mínimo detalhe, ficou incríve 🤘🔥