Bring Me The Horizon + Vended | Vibra SP 16/12/22.
Dia 16/12/2022 vai ficar marcado na minha vida como o dia em que eu voltei a ir a um show de Rock`n Roll. Muito influenciado (e convencido) pela Thaísa, inclusive. No auge dos meus 30 anos de idade no documento e beirando os 78 na vontade de frequentar lugares lotados que terminam depois das 23h.
O destino era o Vibra SP, uma casa de show icônica da cidade, onde antes era o Credicard Hall. Conseguimos os ingressos poucas semanas antes, através de um anúncio bastante repentino e que era destinado ao setor de cadeira superior da casa. Um ingresso (até então) estranhamente bem barato, por sinal rs. Quando chegamos lá, percebemos que o setor era com cadeira de cinema pra cada um, o que confesso que deixou meu lado idoso bem feliz kkkkkkk.
(A introdução é apenas a nível de registro dessa volta a um show de Rock`n Roll depois de alguns bons anos, inclusive somando o tempo de pandemia e tal).
E a volta seria com o show dos caras do Bring Me The Horizon!
Eu era fã da banda? Não, confesso. A Thaisa sim, bastante. Mas, eu sempre gostei. Metalcore é uma das vertentes do Rock que eu mais consumo atualmente e o Bring sempre esteve presente nisso, mas eu não era fãããã no nível de conhecer os integrantes, os discos e tal. Até então eu conhecia as mais farofas e aquele disco que tem o guarda chuva na capa kkkk.
Obviamente fiz a lição de casa e até o dia do show eu conhecia os discos, as músicas, a história da banda e tal. Mesmo antes do show, já me considerava um pouco mais fã da por conta dessa imersão que fiz nas semanas pré rolê.
Ah! Detalhe importante. Até então a noite teria abertura do Motionless In White, uma banda estadunidense de metalcore formada lá em 2005 que vem crescendo e ganhando notoriedade no mainstream da cena, mas os caras cancelaram poucos dias antes do show por conta de problemas de saúde na banda, segundo eles.
Depois do cancelamento, a produção do show anunciou o Vended como atração inicial da noite. Maaassss… who is the fucking Vended?
Pesquisamos e descobrimos que é uma banda formada em Las Vegas em 2018. E conta com Griffin Taylor e Simon Crahan, respectivamente filhos do vocalista Corey Taylor e do percussionista Shawn “Clown” Crahan do Slipknot!
Resenha e contexto dado, vamos a experiência!
O Vended abriu a noite de forma bastante intensa. Conquistando a atenção da galera com seu som pesado e o vocal gutural de muita qualidade do nosso mano Griffin. Inclusive, minhas impressões de pseudo músico e entusiasta musical foram bastante positivas, eu gostei do som dos caras. Afinações mais baixas, riffs pesados e é um absurdo o que toca o batera.
Porém, duas coisas chamaram mais a minha atenção: A primeira é o timbre e a intensidade do contra-baixo (também aqui falando como pseudo baixista que a minha cabeça acha que sou). Não é tão comum ver hoje em dia, bandas que trazem na mix o volume e timbre do baixo para o primeiro plano e o Vended me surpreendeu fazendo isso. Que timbre absurdo! Parecia a voz do satã falando na orelha kkkkkk. Com riffs e linhas de baixo bastante elaboradas. Muito foda.
Mas, o que mais chamou atenção do show do Vended foi a inevitável lembrança e comparação do estilo do Griffin com seu pai. O cara realmente parece demais! E eu particularmente achei que isso tem seu lado positivo, porque ele é bom, mas também seu lado "perigoso", pois é fácil vir na cabeça o pensamento que ele tenta """"""imitar""""""" (entre muitaaas aspas) o estilo do Corey e foge da sua própria personalidade. Mas, assim, impressão, ta? A banda é bem boa e o mano canta muito!
Terminando o Vended com mais ou menos uma hora de show, chegou o momento do já brasileiro Oliver Sykes e os caras do BMTH chegarem pro rolê!
E olha, QUE PUTA SHOW! Um hit atrás do outro. Não é atoa que o Bring é hoje uma das maiores bandas da cena do metalcore. Os caras conseguem entregar um show pesado, com gritaria, moshpit e headbanging. Também com afinações mais baixas que dão um peso maior pro som, guitarras dropadas, baixo pesado, batera cravada e sintetizadores na medida certa. Pra quem gosta do estilo é realmente um puta show.
Só que além de tudo isso, a banda ainda consegue mesclar todo o peso com harmonias e vocais melódicos. Aquele bom e velho refrão que gruda na mente, sabe?
Por sinal, é bastante nítida a evolução do Oliver em relação ao seu vocal melódico. Ele sempre gritou muito bem, mas desenvolveu esse outro lado e enriqueceu demais o som do Bring. Essa mescla é o que particularmente eu mais gosto no metalcore.
Música após música, a galera ficou absolutamente enlouquecida com a performance da banda.
Inclusive, o setlist foi certeiro para um show solo, trazendo hits dos primeiros discos, como: "Can You Feel My Heart" e "Shadow Moses" vindas do (maravilhoso) "Sempiternal" e entregando também os hits mais recentes, como: "Throne"; "Drown"; "Follow You"; "Parasite Eve"; "Mantra" entre outros.
As mais de 7 mil pessoas que estavam ali (maior público num show solo do Bring no BR) não paravam de cantar 1 minuto sequer, fato que me fez refletir: O Bring é uma banda que se preocupa com os refrães (você sabia que o plural de refrão é refrãos ou refrães e não refrões? kkkk).
A maioria das músicas do Bring conta com um refrão marcante, que faz o público vir abaixo na empolgação e cantar a plenos pulmões. Isso definitivamente deixa uma sensação de absoluta grandiosidade e traz uma atmosfera muito forte ao show do início ao fim.
E teve participação BR! Mas, antes é válido dizer que o Oliver interage o show inteiro em português (ele é casado com uma brasileira e mora no Brasil). O auge da "brasilidade" do rolê foi a participação da nossa diva Pablo Vittar compartilhando os vocais do hit "Antivist" de forma maravilhosa assim como ela.
Por volta de 1 hora e quarenta de show, teve muita interação com o público, Oliver desceu no meio da galera, falou português, cantou, gritou e entregou tudo que os fãs queriam.
E é com isso que queria terminar essa resenha: O Bring ganhou um novo fã (ou fãããã, como citado antes kkk). O show me conquistou, porque a banda é FODA! Um baita show em todos os sentidos. É bem provável que o Bring se consolide cada vez mais como uma das maiores bandas de metalcore do mundo.
Enfim, shows de Rock: VOLTEI!
Belo review! :-)
Minha bandinha ❤️